segunda-feira, 14 de agosto de 2023

CARLOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SOUTO

 



Carlos Antônio Peixoto de Souto, que atuou como repórter e editor em rádios, emissora de televisão e jornais de Natal, ex-diretor de redação da Tribuna do Norte, começou a palestra elogiando a iniciativa da formação Cenas de Leitura que é extremamente valiosa, principalmente nesse momento em que a literatura, a cultura, passam por uma série de ataques e desvalorização. “É importante discutir sobre a leitura na educação, procurar maneiras de reafirmar a importância, a utilidade desse trabalho, principalmente da literatura, da geração de conhecimento, que são as bases que formam a cultura”, pontuou.  

Carlos Peixoto se posicionou na relação do processo criativo de um livro, com o uso da imaginação na construção da ficção, apontando os objetivos que se desenvolvem de forma positiva para organizar e elaborar a ideia da narrativa. “Não existe uma receita pronta para o autor escrever a ficção. A imaginação, ela é extremamente positiva, mas precisa de certos instrumentos de narrativa que são diferentes no entendimento de pessoa a pessoa, algumas que são mais imaginativas, outras não tem imaginação nenhuma”, ressaltou.


Aficionado por relatos históricos por literatura e jornalismo, Carlos Peixoto escreveu “História de Parnamirim”, em 2013 e lançou em 2020, “Lendas da Revolução”, ficção de fundo ­­­­histórico com temática da Revolução de 1931. Peixoto comentou que o escritor e autor que lida com temática histórica, não é obrigado a escrever um romance histórico na mesma ordem e cronologia. “Bom senso não é uma questão de formação intelectual, nem de treinamento teórico ou acadêmico, se tem um romance de temática histórica, tem as duas partes básicas, uma é a parte histórica da narrativa histórica e a outra da ficção. Não se pode compreender aquele romance como um todo, ou só a parte histórica, de imaginação, de ficção, como verdades absolutas. Um romance histórico é despertar no leitor, a ler mais, a procurar referências históricas”, explicou.

Para a professora Ednice Peixoto, o tema se destacava para valorizar a leitura literária e a troca de ideias. “Cada professor tem uma experiência, gosta de um tipo de leitura, existe a união em prol desse objetivo para ver se consegue trabalhar essa literatura dentro da sala de aula”, disse. A palestra foi realizada na noite da última quarta-feira (02). 

FONTE – PREFEITURA DE NATAL

CARLOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SOUTO

 



Nasci nas quintas, sou natalense. Cresci na rua São Geraldo antiga rua Nova, a rua da feira, numa época que sequer era calçada, vi tudo se transformando. Vivi muitos anos nas Quintas, até 1978 quando já adolescente meu pai faleceu. Depois de lá, fui morar em Pirangi, quando naquela época a cidade estava começando a urbanização. Trabalhava de dia e estudava a noite, na antiga escola Técnica do Comércio. Descia para a Ribeira na Praça Augusto Severo, mas o ônibus só ia até o Jiqui.  De lá caminhava até Pirangi, na primeira etapa, não tinha quase nada naquela época. A avenida do Jiqui era barro.  Hoje moro em Nova Parnamirim. Minha ligação com as áreas da cidade, não só com as Quintas, me lembro de muita coisa boa lá. Meu gosto de literatura, a base da minha formação, a tentativa de querer ser jornalista veio nas Quintas.

 

INFÂNCIA
Minha infância até 12 anos era ligada à Ribeira porque meu pai era ferroviário e depois virou comerciante ambulante. Até o final da década de 60, início de 70, a comunicação com o interior do Estado era via ferrovias e ele comprava mercadorias em Natal e ele vendia bolo, café, lanches, nas viagens entre Natal e são Rafael ou Natal/Macau. Ele levava mercadorias para comerciantes, um tio meu também tinha um restaurante no Canal da Mancha, na travessa Venezuela, na Ribeira, onde hoje não tem mais nada. E eu freqüentava bastante. Lembro viajava na segunda de manhã e voltava terça meio dia, e sábado ainda vinha para a Ribeira. Naquela época tinha um comércio muito bom, os armazéns, as casas de ferragens, freqüentava muito a Ribeira. E Quando fui para a Tribuna foi uma retomada de uma relação que vinha desde a infância. Quando ajudava meu pai por aqui, tudo lembra ele. Minha área em Natal é basicamente a Ribeira. Aqui eu trabalhava, conheço todas as ruas e acompanhei também tudo se fechando.

FONTE – TRIBUNA DO NORTE

CARLOS ANTÔNIO PEIXOTO DE SOUTO

  Carlos Antônio Peixoto de Souto, que atuou como repórter e editor em rádios, emissora de televisão e jornais de Natal, ex-diretor de red...